segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Gomesa planifolia (Lindl.) Klotzsch ex Rchb.f.

Esta é uma Gomesa planifolia (Lindl.) Klotzsch ex Rchb.f. [as Gomesa recurva Lodd.] 

Ela é nativa da flora da Mata Atlântica brasileira e ocorre quase que exclusivamente no Brasil.
O nome deste gênero, foi dado em homenagem a Bernardino António Gomes, um médico e botânico português.
 
Este indivíduo é membro do gênero das Gomesas, sendo delicado, com inflorescência racemosa multiflora, com flores de cerca de 1 cm de diâmetro na cor amarelo gema, com o labelo pintado de laranja e com um calo.

A maioria das Gomesas e muito semelhante umas com outras, somente diferenciadas pela estrutura floral, e mesmo por essas algumas vezes com grande dificuldade.

Os pseudobulbos são bifoliados, de perfil oblongo, lateralmente achatados, guarnecidos por baínhas foliares na base. 

As folhas são herbáceas, oblongo-lanceoladas de cor verde escuro com cerca de 12 cms de comprimento.

Ela apareceu na Pachamama em um pé de romã há aproximadamente uns cinco anos atrás, possivelmente trazida por passarinhos ou pelas abelhas da região.

Muito delicada, ela floresceu no inverno de 2015, em julho, e as quase 20 flores colocadas em apenas um racemo duraram cerca de 40 dias no interior da casa.

Muito mimosa!



















File:Gomesa planifolia (as Rodriguezia planifolia) - Curtis' 63 (N.S. 10) pl. 3504 (1836).jpg 

Ilustração : Curtis's Botanical Magazine vol. 63 (N.S. 10) pl. 3504. Disponível em: http://botanicus.org/page/466271

domingo, 27 de setembro de 2015

Dendrobium Stardust "Chyomi" White Swan

 Esta é uma terceira variedade da Dendrobium Stardust "Chyomi" chamada White Swan (por sua cor branca).

Vale a pena comparar com as outras duas cores que também estão postadas neste blog.

Comprei de um orquidário paulista em setembro de 2015.

A muda chegou com muita saúde e espero que se aclimate bem por aqui.




Dendrobium Stardust "Chyomi" Rainbow Dance


Esta é uma variação do Dendrobium chamada Stardust "Chyomi" Rainbow Dance (pela sua cor rosa lilacina).

Comprei esta muda em setembro de 2015 para ampliar o espectro de cores da coleção de Dendrobiuns da Pachamama.

Para os curiosos, vale a pena comparar com a Barkeria lindleyana para constatar como as vezes as orquídeas podem ser parecidas.

Também é legal comparar com as outras duas cores desta mesma Dendrobium que estão postadas neste blog.

Muito linda!

 Em 2016 ela voltou a florescer em setembro.

Como este foi um ano bem difícil para elas, desta vez ela conseguiu oferecer apenas duas flores, mas elas estavam bem sadias, bem formadas e duraram bastante.

Valeu o esforço! Ano que vem será melhor!

Encyclia patens

 Este indivíduo é uma Encyclia patens.

O nome patens vem do latim e e quer dizer "aberto". Já o nome do gênero tem origem no grego enkyklía (feminino para o adjetivo enkykleo= circular), sendo referência ao fato de que “o labelo cerca a coluna”.

O gênero foi publicado em 1828 por Hooker, tendo como espécie-tipo Encyclia viridiflora Hook e, dois anos depois, em 1830, o próprio Hooker publicava a descrição de Encyclia patens.

Na década de 1850, John Lindley transferiu para o gênero Epidendrum as espécies de Encyclia até então descritas, situação que somente se alteraria em 1914, quando Schlechter revalidou o gênero Encyclia.

Esta é uma vigorosa espécie de orquídea epífita com os pseudobulbos ovóide-alongados, de dez centímetros de altura, com folhas estreitas e lanceoladas de até oitenta centímetros de comprimento.

Ocorre na Mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste do Brasil, a média altura de troncos e galhos.

Seus racemos de flores são ramificados e chegam a ter até um metro de altura, portando dezenas de flores cada um deles.


A flor tem cerca de dois centímetros de diâmetro com pétalas e sépalas oblongo-espatuladas de cor esverdeada.

O labelo é trilobado amarelado levemente salpicado de marrom avermelhado. Seus lóbulos laterais são alongados, obtusos e menores que o lóbulo central.

As flores tem delicado perfume durante o dia.

Floresce na primavera.

Comprei no Orquidário Itaipava Garden em setembro de 2015.

A planta apresentava uma floração com um racemo de mais de 70 cms de altura e 27 flores de cerca de três cms de diâmetro, cujas bordas de pétalas e sépalas tem uma nota de ocre.

Muito delicada e elegante!

Encyclia patens - Curtis' 57 (NS 4) pl. 3013 (1830).jpg



São seus sinônimos: Epidendrum odoratissimum Lindl (1831); Sulpitia odorata Raf. (1838); Epidendrum glutinosum Scheidw. (1843); Epidendrum odoratissimum var. crispum Regel (1856); Encyclia odoratissima (Lindl.) Schltr (1914), e Epidendrum oncidioides var. itabirae W. Zimm. (1934). 

Epidendrum floribundum var. convexum Lindl.

Este indivíduo é um Epidendrum floribundum var. convexum Lindl.

Esta é uma orquídea nativa da Mata Atlântica brasileira.

Ela é proveniente de florestas abertas localizadas em altitudes entre os 1.700 e 2.800 metros acima do mar.

Ela foi descrita pela primeira vez por John Lindley em 1843 com a denominação de Epidendrum rubrocinctum Lindl. e em 1853  com a denominação Epidendrum floribundum Lindl.

A planta é de por médio a grande, podendo atingir mais de um metro de altura.

Os pseudobulbos são alongados, com folhas opostas verde claro, com cerca de 10 cms de comprimento.

As flores são verde cítrico nas pétalas e sépalas e o labelo é amarelo claro, tendo cerca de 2 cms de diâmetro cada uma.

Os racemos saem da extremidade superior da planta e podem oferecer até 20 flores.

Comprei o Orquidário Itaipava Garden em setembro de 2015.

Esta floração ofereceu dois racemos com cerca de 15 flores em cada um deles.


























São seus sinônimos: Epidendrum atacazoicum Schltr 1921; Epidendrum bifalce Schltr. 1929; Epidendrum brachythyrsus Kraenzl 1911; Epidendrum caloglossum Schltr. 1921; Epidendrum densiflorum Hooker 1840; Epidendrum fastigiatum Lindl. 1853; Epidendrum frons-bovis Kraenzl. 1905; Epidendrum isthmi Schlechter 1922; Epidendrum longicrure Schltr. 1920; Epidendrum ornatum Lem. 1848; Epidendrum paniculatum var. longicrure Lindl. 1853; Epidendrum piliferum Rchb.f 1877; Epidendrum reflexum A&S 1925; Epidendrum rubrocinctum Lindl. 1843; Epidendrum syringaeflorum Warsz. ex Rchb. f. 1854, e Epidendrum turialvae Rchb.f 1871.












Agraecum sesquipedale

Este indivíduo espetacular é um Agraecum sesquipedale.

Ela é popularmente conhecida como "orquídea-cometa".

Seu formato é estrelado com uma enorme cauda que pode chegar a um metro de comprimento.

Fiquei com a impressão que ela é proveniente da flora de Madagascar, mas ainda não pude confirmar esta informação.

A planta tem crescimento monopedial, que lembra as Vandas, bifoliada, com folhas que têm cerca de 20 cms de comprimento.

Comprei esta muda em setembro de 2015 no Orquidário Itaipava Garden já com a floração quase acabando.

No finalzinho de agosto de 2016 ela voltou a florescer.

Desta vez ela ofereceu duas flores maravilhosas com cerca de 15cms de diâmetro e cauda na parte inferior de cerca de 20 cms, o que dá a ela um aspecto asiático como se fosse a barba de um mestre de Kung Fu.

As sépalas são verde bem clarinho e o labelo é em um tom off-white.

Bem rígida e brilhante, a flor parece feita de cera e durou cerca de 20 dias no interior da casa.

Não observei um perfume muito marcante, mas o aspecto é verdadeiramente espetacular.



https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/67/Angraecum_sesquipedale_typus_2.jpg



Afirma-se que ela foi mencionada em um dos livros de Charles Darwin, porém não consigo comprovar que tenha sido esta a lâmina que a descreve ali.


















Dendrobium nobile var. Red Emperor "Prince"


Este é um Dendrobium nobile Red Emperor "Prince".

Não tenho memória de quando ou como ele chegou à Pachamama.

Inicialmente colocamos em árvores do sítio e ela ficou bem, mas não se desenvolveu tão bem quanto a Dendrobium nobile "Olho de boneca". 

Passamos para um vaso de barro e colocamos no orquidário.

Ela está sadia e floresce regularmente.

As flores nascem em grande número e têm cerca de cinco cms de diâmetro.

Procurando na internet dados sobre este indivíduo encontrei o que se segue:

O nome vem "do grego Dendron= planta + Bios=vida e do latim Nobile= nobre", ou seja: vida nobre sobre plantas.  

"Dendrobium nobile e espécies relacionadas são nativas de Burma, Índia, Tailândia e Indochina. São epífitas e, algumas vezes litófitas, desde planícies, ao nível do mar, até as montanhas frias do Himalaia, a elevações de 1.400 metros. 

São muito fortes e resistentes, aclimatadas a fortes variações de temperatura, de forte calor até regiões de geada. Secas, estas espécies e seus híbridos sobreviverão a temperaturas de inverno de 1º a 2ºC e ainda florescerão em setembro.

Tem como principal característica os bulbos em forma de canas, que, nos habitats ou quando bem cultivadas, atingem cerca de um metro de altura. Formam grandes touceiras e tem folhas caducas, que caem, nos bulbos mais antigos e até o do ano anterior, antes da floração.


As flores vão do branco ao vermelho passando por variações lilazes, rosadas e até cor de tijolo.

Uma das mais desejáveis características do Dendrobium nobile, como grande número de outras espécies do gênero, é a de florir mais de uma vez no mesmo bulbo. O bulbo do ano
nunca floresce, mas florescem o do ano anterior e os mais antigos formando um conjunto de extrema beleza. 

Apesar de na Ásia e regiões onde vegeta naturalmente pode tolerar temperaturas mais elevadas, no Brasil só floresce bem nas regiões de clima temperado, como as regiões serranas, onde no outono possa se beneficiar de quedas de temperatura de cerca de 10º, entre dia e noite". 

Em julho de 2015 uma das mudas floresceu com dois racemos, com cerca de cinco flores de 6 cms de diâmetro em cada um deles.

Em 2016 ela floresceu em setembro.

As Dendrobiuns foram as plantas que mais sentiram o inverno muito quente deste ano, custando a florescer e oferecendo, em alguns vasos, muito menos flores do que no ano anterior.

Ainda assim estão bem e recuperando-se nesta entrada de primavera.