quinta-feira, 14 de maio de 2015

Cattleya Goossensiana caerulea

Esta maravilha é uma Cattleya goossensiana caerulea.

Ela está descrita desde 1896.

Para aqueles que estão aprendendo como eu, a palavra caerulea (também utilizada como coerulea) "... pode vir do grego koilos (côncavo, que passaria como coelum para o latim) ou do latim caelum (céu). Pelo sentido que é dada à palavra, indicando azul, é obvio que caerulea vem de caelum e assim deve ser grafada (...) Daqui para frente para mim só caerulea" (https://sites.google.com/site/orquidecampos/).

Trata-se de um híbrido de Cattleya schilleriana (ver neste blog) com Cattleya gaskelliana (ver neste blog), segundo a Swiss Orchid Foundation.

A planta é bifoliada com folhas oblongas, verde escuro de cerca de 15 cms de comprimento.

Os pseudo-bulbos são elípticos, alongados com cerca de 10 cms de comprimento e ranhurados, por onde escorre a água.

Esta primeira floração por aqui ocorreu em maio de 2015, oferecendo uma única flor de cerca de 15 cms de diâmetro.

Muito bonita!







 © by F. Havermans. Cogniaux, Alfred Celestin & Goossens, Alphonse (1896). Dictionnaire Iconographique des Orchidees. Cortesia: Biodiversity Heritage Library. Oferecido: Missouri Botanical Garden. Disponível em: http://plantilus.com/plantdb/CattGoos/DictIcon.html

Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. "Queen Cattleya" dowianus

Este indivíduo maravilhoso é uma Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. conhecida como "Queen Cattleya" dowianus.

Ela chegou à Pachamama em 2015 pelas mãos do colecionador Sergio Baltar.

Em maio deste mesmo ano ela ofereceu esta flor maravilhosa.

A Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. foi descrita em 1867 e é natural da Costa Rica e da Guatemala.

Ela é uma orquídea da tribo dos Epidendrons e sub-tribo das Laelias.

As folhas são lanceoladas, unifoliadas e têm cerca de 20 cms de comprimento.
 
A flor tem um diâmetro de cerca de 10 cms, com pétalas e sépalas em tom amarelo manteiga e o lábelo púrpura.

Muito atraente, creio que ela é também conhecida como Laelia tenebrosa grandis, mas não estou segura desta nomenclatura. 


















no HD illustration available
















L'Illustration horticole, vol. 14: t. 525 (1867) [P. Stroobant] disponível em: www.plantillustration.org

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Gomesa crispa Klotzsch & Rchb.f.

Esta criatura extraordinária é uma Gomesa crispa Klotzsch & Rchb.f. 

Ela é mais um destes indivíduos que os pássaros da Mata Atlântica da Apa de Araras plantaram na Pachamama sobre os galhos de um romaneiro, sem registro da data da sua chegada.

Outra muda da mesma espécie foi plantada da mesma maneira sobre os galhos de um Araçá.

Lá elas ficaram por alguns anos, florescendo anualmente e nós entendíamos que se tratavam de Oncidiuns que estavam apequenados pelas condições adversas para o seu crescimento. Em 2014 resolvemos colocá-las em vasos para dentro do orquidário.
Esta floração ocorreu na segunda semana de maio de 2015.

Ao examiná-las com mais cuidado descobrimos que se tratam de indivíduos de uma espécie nativa da Mata Atlântica e que seu diminuto tamanho é uma característica da espécie.

Ela é natural de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul entre elevações de 500 a 1500 metros.

Seu tamanho natural é miniatura, são epíferas e crescem no frio.

As flores têm  cerca de 2 cm de diâmetro e são muito perfumadas.

Florescem entre o verão e o outono. Neste ano apenas uma das mudas floresceu até agora.

Merece nota que esta mesma muda ofereceu mais dois racemos logo após o término da floração de maio de 2015, o que a deixou florescida até meados de julho.

Suas folhas são lanceoladas e chegam a ter até 20 cms de comprimento.

Está descrita de diversas formas, que são sinônimos: Gomesa paranaensis Kraenzl. 1911; Gomesa undulata Hoffmanns. 1842; Odontoglossum crispatulum Rchb. f. 1864, e Rodriguezia crispa Lindley. 1839.
Miss Drake (1803-1857) del. , G. Barclay sc. - Edwards's Botanical Register, volume 26 (N.S. 3) plate 54 (http://www.botanicus.org/page/241519)







Cattleya labiata var. alba

Esta beleza é uma Cattleya labiata var. alba.

Esta muda já estava no sítio há mais de 10 anos, crescendo nos galhos de um Urucum que já não existe mais.

Certamente alguém a colocou lá e ela resistiu ao tempo, a muito frio sem abrigo e aos raios excessivos de sol que recebia ali.

Mudamos a planta para um vaso há uns 6 anos e ela permaneceu quietinha até este ano.

Hoje ela está muito sadia e nos surpreendeu no dia 12 de maio de 2015 com esta linda floração que começou com dois botões em uma espata e ainda tem outra espata pronta para florescer.

Em algum momento fizemos uma nova muda a partir dela. Este novo vaso floresceu em julho de 2015 com uma espata que ofereceu duas flores muito lindas.

Ela é uma planta epífita que cresce em brejos de altitude com locais bastante úmidos, sempre protegidos do sol intenso.
Vegeta numa altitude entre 500 e 1000 metros, geralmente na região da caatinga no nordeste.

A planta tipo, da cor rosada, que é endêmica nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Paraíba participa da maior parte dos cruzamentos de hibridização existente em Cattleyas, por ser de ótima armação e muito bom perfume.

Ela foi a primeira Cattleya catalogada no Brasil e a orquídea mais velha já cultivada foi uma Cattleya labiata Lind. 1821 no Royal Garden de Londres.

A planta é muito robusta, com pseudobulbos em forma de clava com ranhuras por onde escorre a água coletada, comprimidos e sulcados, sendo unifoliada com folhas de até 20 cms de comprimento, oblongo-elípticas, grossas e coriáceas na tonalidade verde.
Se a incidência de luz for muito forte as folhas podem ficar arroxeadas. As espatas oferecem 2 a 5 flores cada.

As flores chegam a ter 15 cms de diâmetro e têm um perfume forte, com maior intensidade no início da manhã.

Na floração de 2015 ela ofereceu 3 lindas flores que duraram mais de 30 dias dentro de casa.


Uma maravilha!

sábado, 28 de março de 2015

Cyclopogon longibracteatus


Este indivíduo é um Cyclopogon longibracteatus.

Esta é uma espécie nativa da Mata Atlântica, que foi trazida de presente pelos pássaros da região e depositado no alto de um magnífico Ipê Rosa que chegou aqui muito antes de nós.

Embora não seja uma orquídea muito atrativa, ela é muito perfumada e tem o enorme valor de ser uma destas espécies que só existem na natureza ou que estão cuidadas por colecionadores que respeitam e admiram a sua importância.

Fomos presenteados com duas mudas, uma delas já floresceu ao final do verão, em março de 2015.

No blog Flora de Santa Catarina ela está descrita como segue:

"Até cinco folhas, verde-claras e oblanceoladas aparecem, no início da primavera. Elas apresentam pecíolos falsos de 4-5 cm de comprimento e mergem como um verticílo compacto da base do caule. Elas tem veias finas, são um tanto carnudas, e medem 8,0 cm de comprimento por 2,5 cm. O sistema radiculas é composto de algumas raízes espessas, curtas, brancas e peludas, de 0,5 cm de diametro. (...) O caule central emerge da base do verticilo e alcança 14 cm. Ele apresenta um cone com aproximadamente trinta e cinco flores pequenas, esbranquiçadas, agrupadas, na metade superior. Cada flor é protegida por uma bráctea pontuda dobrada para dentro, estreitamente lanceolada, verde-clara, que é tão longa quanto a flor ou maior. A sépala dorsal e duas pétalas finas são incorporadas aos seus ápices, e como um grupo, medem 0,7 cm de comprimento por 0,2 cm. A sépalas laterais são brancas, tingidas de verde em suas bases, pendem para frente e são paralelas ao labelo, com um formato lanceolado obtuso, medindo 0,8 cm de comprimento por 0,2 cm. O labelo é branco, levemente tingido de verde nas margens e mede 0,9 cm de comprimento por 0,25 cm, e 0,3 cm por 0,45 cm de largura na base, no centro e no ápice, respectivamente. O ápice é vagamente bilobulado e serrilhado nas margens (MILLER et al. 2006) (...) Costuma ser encontrada sobre pedras e material orgânico sobre terra, habita locais com pouca luz e movimento de ar e uma umidade elevada constante. Floresce em setembro, as flores duram por tres dias. Elas são provavelmente polinizadas por abelhões ou abelhas Euglossinae masculinas, ou até mesmo por abelhas da família Halictidae".

domingo, 22 de março de 2015

Cattleya labiata var. semi-alba

 Esta é uma Cattleya labiata var. semi-alba.

Não tenho ideia de como e quando ela chegou na Pachamama.

Esta é a primeira floração que ocorre por aqui e desabrochou na entrada do outono, no dia 21 de março de 2015.

As Cattleyas labiatas ocorrem em quase toda a América Latina,  em particular o nordeste brasileiro.

Elas apresentam uma ampla palheta de cores e se caracterizam por serem plantas fáceis de cultivar.

Há quem diga que ela tem certa altivez e nobreza que são fáceis de serem percebidas e difíceis de serem explicadas.

A interpretação será pessoal, porém elas são muito bonitas e bem desenhadas.


A planta é unifoliada com folhas de cerca de 20 cms de comprimento.

Desta vez a floração chegou com três flores de cerca de 10 cms de diâmetro cada uma.

O perfume é espetacular.

sábado, 21 de março de 2015

Cattleya potinara Egyptian Queen "Inner Fire"

Esta menina linda é uma Cattleya potinara Egyptian Queen "Inner Fire".

Resulta do cruzamento da Cattleya Bicolor com a Brassiolaeliocattleya Esther Costa.

Ela é uma orquídea de tamanho médio, que floresce normalmente no começo do ano e acaba de florescer no dia 19 de março de 2015, Dia de São José.

Comprei em 2014 no orquidário Itaipava Garden.

Está na sua segunda floração aqui na Pachamama.

A planta é unifoliada com folhas lanceoladas de cerca de 15 cms de comprimento.

A flor têm cerca de 10 cms de diâmetro com as sépalas de um tom ocre, pétalas alaranjadas e labelo amarelo e vermelho intensos, de onde deriva o seu nome "fogo interno".

Uma beleza de indivíduo de aroma muito agradável e suave.