domingo, 17 de maio de 2015

Laelia harpophylla Rchb.f


Esta mimosura é uma Laelia harpophylla Rchb.f.


Esta é uma orquídea média brasileira epífita que cresce na Mata Atlântica entre as altitudes de 500 a 1000 m etros nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.

Ela gosta de sombra e muita umidade.

Os pseudobulbos são finos e alongados com até 10 cms de comprimento.

A planta é unifoliada, com folhas lanceoladas, ligeiramente curvadas e sulcadas, de cerca de 15 cms de comprimento.

Os racemos aparecem no topo e oferecem diversas flores simultâneas.

Nesta floração, que ocorreu assim que ela chegou à Pachamama em maio de 2015, há 5 botões. As flores são de um tom amarelo intenso, com o labelo púrpura.


Elas chegam a ter entre 5 e 7 cms de diâmetro.

Muito graciosa, ela foi descrita pela primeira vez como uma Cattleya por Reichenbach em 1873.





























São seus sinônimos: Bletia harpophylla [Rchb.f] Rchb.f 1888; Cattleya brevicaulis (H.G. Jones) Van den Berg 2008; Cattleya harpophylla (Rchb.f.) Van den Berg 2008; Dungsia brevicaulis (H.G. Jones) Chiron & V.P. Castro 2002; Dungsia harpophylla (Rchb.f.) Chiron & V.P. Castro 2002; Hoffmannseggella brevicaulis H.G. Jones 1972; Hoffmannseggella harpophylla [Rchb.f] Jones 1970; Laelia brevicaulis (H.G. Jones) Withner 1990; Laelia cowanii Rolfe 1900; Laelia geraensis Barb. Rodr. 1876; Laelia harpophylla var. xanthina Pabst 1978; Laelia harpophylla f. xanthina (Pabst) M. Wolff & O. Gruss 2007; Sophronitis brevicaulis (H.G. Jones) Van den Berg & M.W.Chase 2000; Sophronitis harpophylla (Rchb. f.) C. Berg & M.W. Chase 2000











Autor: Frederick Sander (1847-1920): Reichenbachia. Disponível em:
http://www.botanicus.org/page/1502455

Cattleya labiata var. lilacina

Esta é uma Cattleya labiata var. lilacina.

Chegou à Pachamama pelas mãos do colecionador Sergio Baltar em maio de 2015 já com esta floração adiantada.

O detalhe que a diferencia do seu grupo são estas listas amarelas e pontas rubras que ela ostenta nas duas pétalas.

Pode ser que resulte de alguma hibridação entre diferentes variedades de Cattleyas labiatas, mas até aqui não encontrei referências disto e muito me atrae esta repetição do padrão de coloração do labelo nas duas pétalas.

A Cattleya labiata (ver outras variedades de Cattleyas labiatas neste blog) foi descrita por Lindley em 1821 e é muito comum no Nordeste brasileiro.

A planta é bem vigorosa, com pseudobulbos em forma de clava com ranhuras por onde escorre a água coletada, comprimidos e sulcados, sendo unifoliada com folhas oblongo-elíptica grossas e coriáceas com tonalidade verde.

As folhas têm cerca de 25 centímetros de comprimento.

Desta vez a espata ofereceu 2 flores de cerca de15 cm de diâmetro cada.

O perfume é forte e maravilhoso, principalmente pela manhã. 



© by Imprimerie Eug. Vanderhaeghen, Gend
Disponível em: Swiss Orchid Foundation, https://orchid.unibas.ch/phpMyHerbarium/302156/1/Cattleya/labiata/Lindley_John/img/302156m.jpg

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Laelia autumnalis


Esta criatura alegre e mimosa é uma Laelia autumnalis.

Ela foi descrita em 1831 por Lindley em: The Genera and Species of Orchidaceous Plants, 115 e em 1842 por James Bateman em: The Orchidaceae of Mexico and Guatemala, pl. 9.

É da tribo dos Epidendrons, sub-tribo das Laelias, de origem centroamericana.






No México ela tem muitos nomes populares: Lírio de São Francisco, São Diego, e porque por lá ela floresce em novembro, ela também é conhecida como Flor das Almas, Flor de Todos os Santos (01/11), Flor dos mortos (02/11), Flor da caveira e Flor das Catarinas (25/11).


File:Laelia autumnalis - Bateman Orch. Mex. Guat. pl. 9 (1842).jpgA flor é bem parecida com a da Cattleya violácea mas, para diferenciar, há que ficar atento para as folhas que, no caso da Laelia, são lanceoladas, bifoliadas, com um sulco central e cerca de 15 cms de comprimento e os pseudobulbos são ovais com cerca de 5 cms.

As flores são de cor rosada, quase fucsia, nas pétalas e sépalas e o lábelo é púrpura com o centro amarelo.

Estas têm cerca de 10 cms de diâmetro e se apresentam em racemos longos e finos que chegam a oferecer cerca de 5 flores.

Esta criatura chegou na Pachamama em 2015 pelas mão de um colecionador local e floresceu em maio de 2015. Muito resistente, elas duraram cerca de 30 dias.

É muito atraente e graciosa.



Autora da ilustração: Augusta Innes Withers (del.) - M. Gauci (lith.) para o livro de James Bateman (1842). Disponível em:  http://www.botanicus.org/page/769163



Cattleya Goossensiana caerulea

Esta maravilha é uma Cattleya goossensiana caerulea.

Ela está descrita desde 1896.

Para aqueles que estão aprendendo como eu, a palavra caerulea (também utilizada como coerulea) "... pode vir do grego koilos (côncavo, que passaria como coelum para o latim) ou do latim caelum (céu). Pelo sentido que é dada à palavra, indicando azul, é obvio que caerulea vem de caelum e assim deve ser grafada (...) Daqui para frente para mim só caerulea" (https://sites.google.com/site/orquidecampos/).

Trata-se de um híbrido de Cattleya schilleriana (ver neste blog) com Cattleya gaskelliana (ver neste blog), segundo a Swiss Orchid Foundation.

A planta é bifoliada com folhas oblongas, verde escuro de cerca de 15 cms de comprimento.

Os pseudo-bulbos são elípticos, alongados com cerca de 10 cms de comprimento e ranhurados, por onde escorre a água.

Esta primeira floração por aqui ocorreu em maio de 2015, oferecendo uma única flor de cerca de 15 cms de diâmetro.

Muito bonita!







 © by F. Havermans. Cogniaux, Alfred Celestin & Goossens, Alphonse (1896). Dictionnaire Iconographique des Orchidees. Cortesia: Biodiversity Heritage Library. Oferecido: Missouri Botanical Garden. Disponível em: http://plantilus.com/plantdb/CattGoos/DictIcon.html

Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. "Queen Cattleya" dowianus

Este indivíduo maravilhoso é uma Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. conhecida como "Queen Cattleya" dowianus.

Ela chegou à Pachamama em 2015 pelas mãos do colecionador Sergio Baltar.

Em maio deste mesmo ano ela ofereceu esta flor maravilhosa.

A Cattleya dowiana Bateman & Rchb.f. foi descrita em 1867 e é natural da Costa Rica e da Guatemala.

Ela é uma orquídea da tribo dos Epidendrons e sub-tribo das Laelias.

As folhas são lanceoladas, unifoliadas e têm cerca de 20 cms de comprimento.
 
A flor tem um diâmetro de cerca de 10 cms, com pétalas e sépalas em tom amarelo manteiga e o lábelo púrpura.

Muito atraente, creio que ela é também conhecida como Laelia tenebrosa grandis, mas não estou segura desta nomenclatura. 


















no HD illustration available
















L'Illustration horticole, vol. 14: t. 525 (1867) [P. Stroobant] disponível em: www.plantillustration.org

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Gomesa crispa Klotzsch & Rchb.f.

Esta criatura extraordinária é uma Gomesa crispa Klotzsch & Rchb.f. 

Ela é mais um destes indivíduos que os pássaros da Mata Atlântica da Apa de Araras plantaram na Pachamama sobre os galhos de um romaneiro, sem registro da data da sua chegada.

Outra muda da mesma espécie foi plantada da mesma maneira sobre os galhos de um Araçá.

Lá elas ficaram por alguns anos, florescendo anualmente e nós entendíamos que se tratavam de Oncidiuns que estavam apequenados pelas condições adversas para o seu crescimento. Em 2014 resolvemos colocá-las em vasos para dentro do orquidário.
Esta floração ocorreu na segunda semana de maio de 2015.

Ao examiná-las com mais cuidado descobrimos que se tratam de indivíduos de uma espécie nativa da Mata Atlântica e que seu diminuto tamanho é uma característica da espécie.

Ela é natural de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul entre elevações de 500 a 1500 metros.

Seu tamanho natural é miniatura, são epíferas e crescem no frio.

As flores têm  cerca de 2 cm de diâmetro e são muito perfumadas.

Florescem entre o verão e o outono. Neste ano apenas uma das mudas floresceu até agora.

Merece nota que esta mesma muda ofereceu mais dois racemos logo após o término da floração de maio de 2015, o que a deixou florescida até meados de julho.

Suas folhas são lanceoladas e chegam a ter até 20 cms de comprimento.

Está descrita de diversas formas, que são sinônimos: Gomesa paranaensis Kraenzl. 1911; Gomesa undulata Hoffmanns. 1842; Odontoglossum crispatulum Rchb. f. 1864, e Rodriguezia crispa Lindley. 1839.
Miss Drake (1803-1857) del. , G. Barclay sc. - Edwards's Botanical Register, volume 26 (N.S. 3) plate 54 (http://www.botanicus.org/page/241519)







Cattleya labiata var. alba

Esta beleza é uma Cattleya labiata var. alba.

Esta muda já estava no sítio há mais de 10 anos, crescendo nos galhos de um Urucum que já não existe mais.

Certamente alguém a colocou lá e ela resistiu ao tempo, a muito frio sem abrigo e aos raios excessivos de sol que recebia ali.

Mudamos a planta para um vaso há uns 6 anos e ela permaneceu quietinha até este ano.

Hoje ela está muito sadia e nos surpreendeu no dia 12 de maio de 2015 com esta linda floração que começou com dois botões em uma espata e ainda tem outra espata pronta para florescer.

Em algum momento fizemos uma nova muda a partir dela. Este novo vaso floresceu em julho de 2015 com uma espata que ofereceu duas flores muito lindas.

Ela é uma planta epífita que cresce em brejos de altitude com locais bastante úmidos, sempre protegidos do sol intenso.
Vegeta numa altitude entre 500 e 1000 metros, geralmente na região da caatinga no nordeste.

A planta tipo, da cor rosada, que é endêmica nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Paraíba participa da maior parte dos cruzamentos de hibridização existente em Cattleyas, por ser de ótima armação e muito bom perfume.

Ela foi a primeira Cattleya catalogada no Brasil e a orquídea mais velha já cultivada foi uma Cattleya labiata Lind. 1821 no Royal Garden de Londres.

A planta é muito robusta, com pseudobulbos em forma de clava com ranhuras por onde escorre a água coletada, comprimidos e sulcados, sendo unifoliada com folhas de até 20 cms de comprimento, oblongo-elípticas, grossas e coriáceas na tonalidade verde.
Se a incidência de luz for muito forte as folhas podem ficar arroxeadas. As espatas oferecem 2 a 5 flores cada.

As flores chegam a ter 15 cms de diâmetro e têm um perfume forte, com maior intensidade no início da manhã.

Na floração de 2015 ela ofereceu 3 lindas flores que duraram mais de 30 dias dentro de casa.


Uma maravilha!